Crianças com dificuldade na leitura
Crianças com dificuldade na leitura
É natural que as crianças no início da alfabetização (ou
pré-alfabetização, como alguns preferem chamar) tenham dificuldade na leitura.
Não estou falando de dificuldades relacionadas à distúrbios, ou algum
tipo de doença, síndromes, transtornos, tais como dislexia, TDHA (déficit de
atenção e hiperatividade).
Falo do processo natural de aprendizado em si.
Isto é, qual o grau de dificuldade que a criança está tendo ao tentar
ler um texto, ou mesmo uma simples palavra?
Cada criança tem o seu tempo, as suas peculiaridades, suas vivências,
para conseguir assimilar o processo todo de leitura.
Ler é simplesmente reconhecer os símbolos da escrita: como estes estão
interligados; quais os sons corretos de pronunciação; e como é a cadência
pronunciada de cada palavra da frase em questão.
Estas características do reconhecimento é que leva a criança a ler uma
palavra, uma frase, e um texto. Até conseguir entender o seu significado.
De maneira geral, o entendimento, a princípio, é a parte mais
"simples" deste processo, uma vez que é a parte que já começou a ser
formada e estabelecida em seu cérebro antes do processo de aprendizado da leitura
e da escrita.
A criança já tem, dentro do seu universo de vocabulário, o entendimento
de uma linguagem falada.
O entendimento da linguagem oral começou a ser formada antes do
entendimento da leitura e escrita.
Quando a criança começa a aprender a leitura, ela precisa não só
decodificar o código escrito, mas também transformar a linguagem escrita para a
linguagem falada, para sua devida compreensão.
Por isso, costuma-se introduzir o processo de leitura e escrita, somente
após um patamar de entendimento de ouvir e entender da criança. Pelo menos, é
assim que se espera ser.
Sem tal entendimento, em um nível aceitável, é quase impossível fazer
uma criança entender o processo de leitura e escrita.
Independentemente do método adotado para a alfabetização, a criança
precisa ter assimilado antes o reconhecimento e interpretação da linguagem
falada, da comunicação verbalizada.
Mesmo assim, algumas dificuldades podem ser encontradas no processo de
leitura e escrita.
Muito provavelmente, a criança ainda não se deu conta de que a escrita é
apenas uma espécie de codificação em símbolos do que é falado oralmente (através
dos sons).
Do mesmo modo, a leitura é uma decodificação de símbolos escritos, i.e.,
de desenhos de letras, para seus respectivos sons corretos.
Uma das dificuldades mais encontradas pela criança, é quando ela decora
o som de uma determinada letra e depois tem que desconstruir aquele som em
outro contexto, pois a letra teria um novo som ao ser interligado com outra
letra.
Por exemplo, o som da letra C pode ter o som tal como a letra K, ou como
o S, dependendo de onde e como a letra C é empregada.
A própria letra R difere em seu som simplesmente na posição em que ela
apareça em uma palavra.
E assim, podemos elencar diversos exemplos, incluindo as vogais.
Por isso, surgiram diversos métodos para tentar minimizar tais impactos
no aprendizado da criança.
A criança, ao se confrontar com tal desafio, tem que se abstrair de tais
divergências e "aceitar" uma interpretação diferenciada para cada
situação.
Acontece que ela está em uma fase de sua vida em que está questionando o
próprio mundo em que ela vive.
Tentando trazer uma ordem para todo o caos que ela se encontra.
Trazer divergências e complexidades nessa época pode, inclusive, trazer
inseguranças, ou mesmo algum tipo de trauma, que poderá levar para o resto de
sua vida e para outras áreas de aprendizado.
Comentei sobre algumas situações que a criança passa nessa época
quando começa a frequentar uma creche ou uma escola.
Leia aqui se tiver interesse ("Educação Infantil: por que é tão importante essa época?").
Leia aqui se tiver interesse ("Educação Infantil: por que é tão importante essa época?").
É claro que, com poucas exceções, não vemos um grupo significativo de
crianças apresentando sintomas de insegurança ou traumas nessa época da vida.
Pode ser apenas que as crianças não estejam demonstrando tais sintomas,
e que o cérebro, através de mecanismos de defesa, esteja minimizando tais situações
ou mesmo reprimindo-as.
São poucas as crianças que realmente demonstram tais sintomas, e que deixam
claramente uma mostra de suas dificuldades no desenvolvimento em outras áreas,
como a matemática, ou mesmo em interpretação de texto, ou até dificuldade na
leitura.
O nosso cérebro é um órgão fantástico, e fará de tudo para minimizar ou
mesmo não aflorar tais sintomas.
Acontece que os sintomas podem estar "escondidos", ou serão
apresentados de outras formas, ou em outras épocas, muitas vezes aflorados por
algum gatilho.
Não temos como saber.
Pelo menos, até aparecer. E se aparecer!
Uma das técnicas utilizadas para minimizar e facilitar o aluno em seu
aprendizado é entregar o conteúdo de forma gradativa, com uma dificuldade
crescente, tal como nos jogos de videogame, onde em cada nível que se passa,
mais difícil começa a ficar o desafio.
Essa abordagem de aumentar o nível gradativamente, de nível em nível, pode
explicar o enorme sucesso em crianças e adolescentes dos videogames (jogos de
vídeos).
No processo do aprendizado da leitura e da escrita podemos construir do
mesmo modo: de forma gradativa, aumenta-se a dificuldade.
Ou seja, começamos a apresentar de um modo bem simples, sem muitas
variações, sem muitas dificuldades, e então, gradativamente aumenta-se a
dificuldade ao leitor aprendiz.
Acreditamos ser a melhor forma de aprendizado, independente do método.
Esse foi um grande pilar em que me apoiei para desenvolver e criar a
coleção Minha Primeira Leitura, como ferramenta para o processo de aprendizado
da leitura e da escrita.
Gradativamente, as sílabas, as palavras formadas, as pequenas frases, as
ideias bem simples são apresentadas pouco a pouco.
Essas sílabas simples são aquelas mais próximas da facilidade em soar e sem
as chamadas variações fonéticas.
Por exemplo, no primeiro livro não utilizamos as sílabas CE e CI, pois elas
têm o som do C sendo S.
Não utilizamos também sílabas com mais de 2 (duas) letras!
Nem palavras com mais de duas sílabas!
O primeiro livro da coleção também utiliza apenas uma ou duas sílabas no
máximo!
A criança que já começa a entender como se faz para ler uma sílaba
simples, já pode começar a ser colocada em um desafio maior: ler palavras simples;
e depois uma frase simples!
Por exemplo, as sílabas DA, LA, NA, PA, GO, NO, TO são suficientemente
simples em suas pronúncias e reconhecimento, e pode formar a simples frase:
"O PATO NADA NO LAGO"
Uma pequena frase, com sílabas e fonética simples, que trás em si uma
ideia única e que a criança já tem, nesta fase da vida, uma real assimilação do
que se trata.
Além disso, incluir uma imagem associativa ao texto facilita mais ainda
sua assimilação, uma vez que estimula outras partes do cérebro, fazendo associar
a decodificação do texto com a ação apresentada na imagem:
Desse modo, a criança se sente segura na leitura, e o desafio é
recompensado rapidamente, pois ela tem a certeza de ter alcançado o objetivo da
leitura, uma vez reconhecer na imagem o sentido que ela acabou de ler
(decodificou) no texto.
Essa autoavaliação e recompensa, ao ler o texto com a imagem acima, trás
uma motivação, já que ela se sente capaz de resolver a questão da leitura e seu
entendimento.
Cria-se assim a sensação de que ela é capaz de prosseguir em novos
desafios de leitura.
Essa sensação acaba por se tornar realidade, tornando-se um hábito.
Se pudermos, assim, introduzir novas frases simples, com novos desafios,
de modo gradual, e que seja ao mesmo tempo interessante pra ela, com elementos
de seu mundo, mais fácil será o processo de aprendizado na leitura e,
consequentemente, na escrita.
Sim, certamente, foi um grande desafio conseguir fazer frases simples,
com as regras acima, que a criança possa entender, com palavras dentro do seu
entendimento, e que ainda possa transmitir uma ideia, mesmo que bem incipiente.
E não para apenas na formação das palavras ou da associação com a imagem
apresentada.
Preocupei-me também com o layout e com a forma que a escrita (o desenho
das letras) são apresentadas.
A frase escrita tem que ser o mais legível possível para a criança entender
e decodificar facilmente.
E sem haver muitas distrações também.
Tudo isso torna o primeiro livro da coleção ideal para quem está
começando a leitura.
Você está procurando um livro infantil para seu filho começar a ler? Conheça o livro infantil educacional Minha Primeira Leitura.
O processo de alfabetização, pré-alfabetização, deve ser feito desse
modo gradual, seja com uso de métodos específicos, ou de alguma ferramenta
auxiliar, como no caso da coleção Minha Primeira Leitura.
Os educadores e os pais em geral devem e podem fazer uso da nossa
coleção em qualquer método utilizado por estes.
Não importa o método, pois o que queremos é facilitar o processo de
assimilação e leitura da criança.
Queremos que seu filho ganhe confiança em ler, e possa se desenvolver
muito melhor em todas as áreas.
Utilize os livros da coleção com seus filhos.
Você perceberá o seu progresso de leitura.
Verá que ele realmente é capaz de fazer isso sozinho, ou com pouca ajuda
sua.
Se encontrar, em seu filho, alguma dificuldade, você saberá onde
realmente ele está tendo a dificuldade.
Como existem poucos elementos apresentados a ele, saberá se é alguma
sílaba específica, uma associação, ou até mesmo alguma palavra ou letra que não
está totalmente compreendida.
Poderá corrigir pontualmente o mais rápido possível.
Ou mostrar ao educador para que possa retirar tal dificuldade de seu
filho.
Pode ser que o educador perceba que alguma técnica ou abordagem
utilizada no processo do aprendizado da leitura precise ser mudada ou
aperfeiçoada.
Tudo em prol de uma melhor educação para nossas crianças.
Se você gostou e achou útil, compartilhe com mais pais e educadores.
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